UAlg congratula-se com a nomeação de Lídia Jorge para o Conselho de Estado

A Universidade do Algarve congratula-se com a nomeação da escritora Lídia Jorge, Doutora Honoris Causa pela UAlg, para o Conselho de Estado.
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Para o Reitor Paulo Águas, “a sua ligação à UAlg, além de sentimental, por ser a Universidade da região à qual pertence por coração, é também uma ligação de proximidade porque esta Universidade fez questão de repartir com Lídia Jorge as suas insígnias”. A sua colaboração com a academia algarvia tem-se verificado a vários níveis. Além de Doutora Honoris Causa em Literatura (2010), foi membro do Conselho Geral (2009 a 2016) e integra o júri do Prémio Manuel Gomes Guerreiro, que visa galardoar, anualmente, uma obra publicada, livro ou tese de doutoramento, que contribua para o desenvolvimento científico numa das áreas de conhecimento da UAlg.

Designada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a escritora irá ocupar o lugar deixado em aberto pelo filósofo Eduardo Lourenço.

O Conselho de Estado, órgão político de consulta presidencial, é, de acordo com a Constituição da República Portuguesa, composto por cinco cidadãos designados pelo Presidente da República, pelo período correspondente à duração do seu mandato, e por cinco eleitos pela Assembleia da República, pelo período correspondente ao da legislatura, além dos membros por inerência.

Lídia Jorge é natural de Boliqueime, mas passou alguns anos decisivos em Angola e Moçambique. Formou-se em Filologia Românica na Universidade de Lisboa. Foi professora do Ensino Secundário e já escreveu mais de 20 livros editados em várias línguas, entre os quais romances, antologias de contos, e uma peça de teatro. É umas das romancistas de maior sucesso na literatura portuguesa contemporânea. Escreveu várias obras como O Dia Dos Prodígios (1980), O Cais das Merendas (1982, Prémio Município de Lisboa), Notícia da Cidade Silvestre (1984), A Costa dos Murmúrios (1988), A Última Dona (1992), O Jardim Sem Limites (1995), O Vale da Paixão (1998), O Vento Assobiando nas Gruas (2002), o conto A Instrumentalina (1992), e a peça de teatro A Maçon.

Ao longo da sua carreira recebeu inúmeros prémios, nomeadamente: Prémio Ricardo Malheiros (1980), Prémio Literário Município de Lisboa (1982, 1984), Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa (1995, 1998), Prémio D. Dinis (1998), Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística (1999), Prémio Máxima de Literatura (1999), Prémio Jean Monet de Literatura Europeia, Escritor Europeu do Ano (2000), Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLB (2002), Prémio Literário Casino da Póvoa (2004), Prémio Internacional Albatroz de Literatura da Fundação Günter Grass (2006), Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura (2014), Prémio Vergílio Ferreira (2015), Prémio Urbano Tavares Rodrigues (2015), XXIV Grande Prémio de Literatura (2019), e o Prémio da Feira do Livro de Guadalajara em Línguas Românicas (2020)

Foi condecorada com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (9 de março de 2005) e com a distinção de Dama da Ordem das Artes e das Letras de França (13 de abril de 2005).

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